Desde que o programa de ônibus espaciais da NASA foi cortado por questões financeiras, os EUA passaram a depender dos russos para sair da órbita. Mas parece que o jejum de sete anos está prestes a acabar.
Recentemente a SpaceX apresentou uma nova cápsula espacial Crew Dragon e a tripulação que irá pilotá-la. O evento foi realizado na própria fábrica, sem a presença de Elon Musk, seu fundador. Os quatro astronautas, todos americanos, foram ovacionados pelos quase 7 mil funcionários da empresa que fica numa zona industrial de Los Angeles.
Em outubro, a Crew Dragon fará um teste não tripulado. Se tudo der certo, a quebra do jejum espacial americano deverá acontecer em 19 de abril do próximo ano. Ainda em fase de acabamento, a cápsula tem apenas quatro assentos e um painel de controle bem enxuto. Ao invés de 3 mil botões, apenas 40. Em tese, os astronautas não precisam fazer nada para chegarem à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) – o comando fica em terra.
A dependência russa estava saindo cara demais. Em 2006 a Rússia cobrava US$ 21,3 milhões (R$ 82,6 milhões) pela carona até a ISS. Em 2015 esse valor subiu para US$ 81,9 milhões (R$ 317 milhões) –aumento de 384%. Neste mesmo período, empresas privadas como SpaceX, Boeing e Blue Origin (do dono da Amazon, Jeff Bezos) começaram a desenvolver seus próprios programas espaciais. Leia Mais