A PEDRA NO SAPATO DO PRESIDENTE VIROU UM TIJOLO BEM PESADO

Até sexta-feira passada, o caso Queiroz não passava de uma pedra no sapato do presidente Jair Bolsonaro. Uma boa pedra, diga-se de passagem. Dois dias depois, contudo, transformou-se num pesado tijolo.

Na esteira das investigações da Lava Jato no Rio de Janeiro que miraram 22 deputados estaduais suspeitos de corrupção, um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) revelou também que a conta corrente de um assessor do deputado estadual Flávio Bolsonaro que tinha rendimentos de cerca de R$ 23 mil por mês, movimentara R$ 1,2 milhão no período de um ano, entre 1º de janeiro de 2016 e 31 de janeiro de 2017. Leia Mais

O que os candidatos à presidência têm a dizer sobre tecnologia

O que os candidatos à presidência têm a dizer sobre tecnologia

A seguir, destaques da proposta de cada pré-candidato, na ordem em que eles se apresentaram no GovTech.

João Amoêdo (Novo)

O ex-vice-presidente do Unibanco e um dos fundadores, em 2010, do partido Novo, foi o primeiro a defender, entre outras coisas, a adoção de uma identidade digital única, capaz de concentrar os diferentes documentos físicos existentes hoje.

“A gente tem que usar a tecnologia para mudar os processos, e não digitalizar processos errados que existem”, diz Amoêdo. “Tem muita coisa de digitalizar identidade, digitalizar título de eleitor, quando na verdade a gente tinha que ter um documento só.”

Amoêdo defende também o fim dos cartórios no Brasil, substituindo-os pelo sistema de processamento descentralizado usado em transações por Bitcoin, o blockchain. “Acabar com os cartórios e usar basicamente a tecnologia do blockchain para validar os documentos e tirar toda essa burocracia.” Leia Mais

Dos palanques as redes sociais, a estratégia dos políticos é digital

Segundo estudos mais de 48 países foram afetadas por campanhas que influenciaram os eleitores em polêmicas políticas e manipularam o debate público nas redes sociais. Segundo relatório divulgado pelo Instituto de Internet da Universidade de Oxford.

Aqui no Brasil as empresas privadas e partidos políticos foram os maiores influenciadores das discussões on-line

Pesquisadores também mapearam a manipulação de acordo com as organizações responsáveis por praticá-la. No caso do Brasil, as empresas privadas (três ou mais) e políticos e partidos (dois) foram os maiores influenciadores do debate público nas redes sociais durante as eleições de 2010, período analisado pela universidade.

As agências do governo, organizações civis e os próprios cidadãos também foram considerados responsáveis diretos pela manipulação das discussões ocorridas na internet. Nas Filipinas em 2016 e nos EUA em 2008, houve influência de todos esses atores definidos pela pesquisa – os únicos dos 48 países analisados em que isso aconteceu.

De acordo com o relatório, as tropas cibernéticas utilizam uma variedade de técnicas para espalhar suas mensagens e conduzir o debate na internet. Uma dessas estratégias é o uso massivo de “comentaristas” que se engajam ativamente em conversas e discussões com usuários verdadeiros.

Estes comentaristas atuam em diversas plataformas diferentes, incluindo blogs, sites de notícias e, claro, redes sociais. Segundo a universidade britânica, há evidências de que os governos e partidos políticos usam essa ferramenta para manipular o debate na internet de três maneiras: espalhar propagandas favoráveis a seus pares; atacar e difamar a oposição; desviar o foco das discussões para assuntos menos relevantes. Leia Mais