Uma em cada quatro mulheres não tem acesso a saneamento básico

Uma em cada quatro mulheres não tem acesso a saneamento básico

Uma em cada quatro mulheres no país não tem acesso adequado a infraestrutura sanitária e saneamento, conforme mostra um estudo do Instituto Trata Brasil, divulgado hoje (24). A falta desses serviços a 27 milhões de brasileiras contribui para reforçar as desigualdades de gêneros, pois impactam a saúde, o acesso à educação e à renda, além do bem-estar dessas mulheres, conforme as conclusões da pesquisa O Saneamento e a Vida da Mulher Brasileira. Na idade escolar, por exemplo, as meninas sem acesso a banheiro têm desempenho estudantil pior, com, em média, 46 pontos a menos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) quando comparadas à média dos estudantes brasileiros.

A falta de saneamento é uma das principais causas de incidência de doenças diarreicas, que levam as mulheres a se afastarem, em média, por 3,5 dias ao ano de atividades rotineiras, como escola ou trabalho. Leia Mais

Mulheres candidatas são boicotadas nas eleições, diz líder de movimento

Mulheres candidatas são boicotadas nas eleições, diz líder de movimentoSem recursos financeiros, preteridas na divulgação dos partidos e sem orientação sobre como conduzir a própria candidatura. Essa é a situação de boa parte das mulheres que se candidataram a cargos no Legislativo nas eleições deste ano, diz Lígia Pinto, líder do Comitê de Políticas Públicas do Grupo Mulheres do Brasil e responsável pelo projeto Appartidarias, portal que agrega informações sobre as candidaturas de mulheres.

O site mostra a proporção de mulheres entre as candidaturas de cada partido, e a parte dos recursos financeiros repassada a elas. Em ambos os casos, o TSE exige que ao menos 30% sejam destinados às candidatas, mas muitos partidos fazem manobras internas para atingir essa cota.

“O que vemos é um boicote. O TSE exige esse repasse 30%, mas os partidos não alocam de fato nas campanhas das mulheres. Acabam aproveitando candidatas a vice do executivo, que recebem muito dinheiro, e colocam nessa conta”, diz Lígia. Somente para a presidência da República, são três candidatas a vice: Manuela d’Ávila (vice de Fernando Haddad), Ana Amélia (vice de Geraldo Alckmin) e Kátia Abreu (vice de Ciro Gomes). Leia Mais

Petrobras quer aumentar número de mulheres em cargos de liderança

Petrobras quer aumentar número de mulheres em cargos de liderança

A Petrobras pretende aumentar em 40% a participação das mulheres em cargos de liderança dentro da empresa dentro de um plano de equidade de gêneros da estatal. A meta é chegar em 2025 com 25% de ocupação feminina, ante os 18% atuais. A informação foi confirmada hoje (24/9) pela estatal.

Segundo a Petrobras, a ampliação será feita com base na meritocracia, por meio de ações de promoção propostas. Entre as ações previstas está criar um “programa de formação continuada de lideranças femininas e estimular que elas trabalhem também em áreas operacionais”.

Outras ações preveem iniciativas para a formação e a atração de talentos, com foco nas estudantes do sexo feminino do ensino médio, como palestras em escolas para promover as áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Para as universitárias destas áreas e de outras carreiras de interesse da Petrobras, está prevista a concessão de bolsas de estudo. Leia Mais

Bancos com mais mulheres na diretoria são mais rentáveis

Bancos com mais mulheres na diretoria são mais rentáveis

Estudos já confirmaram que a diversidade no ambiente de trabalho traz resultados financeiros positivos para as empresas. Se você ainda não acredita nisso, uma nova pesquisa publicada pelo Banco da Inglaterra sugere que quando há mais mulheres na diretoria, os bancos são mais rentáveis. No estudo, as economistas Ann Owen e Judit Temesvary demonstram que há uma relação entre igualdade de gênero e resultado financeiro. No entanto, isso só acontece se a instituição já tem políticas de igualdade – ou seja, pouco adiantaria se um banco até então dominado por homens colocasse mulheres na diretoria sem fazer nenhuma alteração na cultura da empresa.
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As mulheres na aviação brasileira

As mulheres na aviação brasileira

Aos aos 17 anos no Brasil, você não pode dirigir um carro, mas você pode pilotar um avião ou helicóptero. Foi isso que meu pai me disse quando eu pedi para tirar carteira de motorista”, diz a comandante Clarissa Canedo. “Eu tinha 15 anos quando vi um avião pela primeira vez no aeroporto de Curitiba. Foi ali que pensei: quero ser piloto. Só não sabia ainda o quanto essa vontade iria me custar”, conta a copilota Tatiane Martins. “Em um dos meus primeiros voos na aviação comercial, após uma longa e custosa trajetória, fiz meu discurso de boas vindas feliz. Um passageiro se levantou e pediu para desembarcar. Ele não queria voar com uma mulher”, afirma a comandante Paula Babinski.

A história destas três mulheres carrega particularidades, mas têm em comum o mesmo desafio: tornar-se pilota no competitivo e, principalmente, masculino mundo da aviação brasileira. Clarissa, Tatiane e Paula contaram ter sido as únicas em suas respectivas turmas de seus cursos de piloto. O caminho de cada uma foi diferente, mas sempre desafiador. Clarissa achava que só “era piloto quem era filho de um”; Tatiane formou-se comissária e “economizou por dez anos para bancar os cursos de instrução de voo”; e Paula enfrentou o descontentamento dentro de casa. “Minha mãe não queria que eu largasse o curso de administração e dizia que não criou filha para ser motorista dos outros.” Já formada, Paula ouviu de um colega na comunicação com o controle aéreo: “vai pilotar fogão”. Leia Mais