Quase 10% das compras do e-commerce brasileiro são rejeitadas por suspeita de fraude

Quase 10% das compras do e-commerce brasileiro são rejeitadas por suspeita de fraude

Uma pesquisa realizada pela CuberSource, empresa especializada em pagamentos online via cartão de crédito, apontou que quase 7,6% dos pedidos feitos no e-commerce brasileiro são rejeitados por suspeita de fraude. Além disso, 86% dos lojistas fazem revisão manual dos pedidos e 56% deles também são aprovados manualmente. Os números foram apresentados durante o Black Friday Kick-off, evento voltado à proprietários de e-commerce, realizado no último dia 31/10.

Segundo Gustavo Carvalho, diretor comercial da Cybersource, o Brasil é um dos países com maiores índices de tentativa de fraude do mundo.

Entretanto, o executivo aconselha os lojistas a não focarem apenas no chargeback (cancelamento de uma compra feita em uma loja online com cartão de crédito ou débito), mas a avaliarem também os custos frente aos processos manuais e os parâmetros estabelecidos pelo próprio estabelecimento para obter resultados mais eficazes nas vendas, principalmente em datas comemorativas.

“O número de ataques na Black Friday cresce, mas o número de transações efetivas aumenta muito mais. Então, proporcionalmente, nesta época a quantidade de ataques deve ser menor”, afirma Carvalho. “Se o lojista possui o mesmo nível de rejeições por tentativa de fraude durante todo o ano, os parâmetros do antifraude devem ser ajustados ao modelo do negócio, pois ele pode estar rejeitando transações que deveriam ser convertidas em compras”. De acordo com o executivo, os produtos mais visados para tentativas de fraude são celulares e eletrônicos.

Gustavo aponta que é preciso avaliar os diversos fatores que impactam na venda de cada estabelecimento: novos produtos, entrada ou saída de concorrentes no mercado, alterações de câmbio etc. Desta maneira, é possível fazer ajustes mais eficientes no sistema de vendas e segurança e prever o volume de transações de forma mais precisa. Ele também recomenda que os lojistas retroalimentem o sistema antifraude com as transações de chargeback e que a lista de e-mail marketing seja sempre atualizada para evitar que fraudadores recebam mensagens com promoções.