No Brasil a maioria das empresas não têm estratégia para o novo mundo digital

No Brasil a maioria das empresas não têm estratégia para o novo mundo digital

Pesquisa inédita e exclusiva no mercado brasileiro mostra que empresas não têm estratégia para atrair talentos digitais. Além disso, são poucas as que valorizam os profissionais que dominam competências consideradas novas, como análise de dados e machine learning. A a pesquisa entrevistou gestores, diretores de RH e executivos-chave de 70 empresas. Os resultados mostram que 73% das empresas entrevistadas não possuem um programa ou projeto específico para atrair talentos digitais.

Entre as competências técnicas mais demandas por essas empresas estão análise de estatística e de dados (51,4%), machine learning e inteligência artificial (44,3%), inteligência de negócios (37,1%) e gestão de produtos digitais (32,9%). 72,9% dizem que a habilidade mais demandada pela empresa é criatividade e inovação.

Apenas 5% delas disseram oferecer mais oportunidades a quem domina capacidades digitais e 11% afirmaram realizar treinamentos de capacidades digitais. Pouco mais de um quarto (26%) afirma incentivar o funcionário a assumir riscos na área digital, sem receio de erro. Já 42% afirmaram incentivar o uso de dados na tomada de decisão.

Mais da metade das empresas afirmou que o avanço tecnológico já afetou completamente o negócio e 30% disseram que sofreram influência. Apenas 14% afirmaram que não foram impactadas, mas disseram acreditar que serão no curto ou no médio prazo. A despeito disso, apenas 37% afirmaram ter dificuldade em administrar a transição que a transformação digital exige. O tom de otimismo prevaleceu: 63% das empresas disseram estar preparadas a nova era digital.

A pesquisa foi divulgada na edição de novembro de Época NEGÓCIOS, que está nas bancas e disponível para assinantes do Globo+. No especial sobre Futuro do Trabalho, analisamos como a inteligência artificial e automação está afetando o trabalho das pessoas e dentro das empresas. E quais competências são mais valorizadas em um mundo onde máquinas e algoritmos dividem espaço – ou roubam empregos – dos humanos.