Segundo os documentos “confidenciais do Google”, supostamente conferidos pelo The Intercept, assim que um usuário ‘der um Google’, os sites banidos serão cortados da primeira página. Entretanto, um “aviso de isenção de responsabilidade” aparecerá quando houver resultados de pesquisa retirados do ar por quesitos legais. Entre os sites que seriam banidos está a Wikipédia, enciclopédia online colaborativa.
Uma fonte, que não quis se identificar, revelou ao site internacional que o Dragonfly ficou restrito a algumas centenas de pessoas e que o “Google não está se preocupando eticamente ou moralmente sobre o seu papel na censura”. A fonte ainda acrescentou temer que o projeto se torne um modelo para outros países.
Entrevistado pelo portal, o pesquisador do grupo de direitos humanos “Anistia Internacional” em Hong Kong, Patrick Poon, declarou que o aplicativo em desenvolvimento coloca em jogo a liberdade de informação e a liberdade da internet do mundo. “O maior mecanismo de busca do mundo obedecer à censura da China é uma vitória do governo chinês. Sinaliza que ninguém mais se preocupará em desafiar a censura”, pontuou.
O novo passo do Google, na verdade, não é tão novo assim. Entre 2006 e 2010, o site de busca ficou no ar ao obedecer as restrições da China.
Porém, fortes críticas dos Estados Unidos frente à versão, que chegou a classificar o site como “funcionário do governo chinês”, fizeram com que a empresa tirasse a versão censurada do Google do ar, em 2010, mas ela deve retornar no próximo ano.
Fonte: IG