Nesta terça, faz dez anos que Steve Jobs se foi.
Nunca um homem de negócios foi tão falado, estudado, debatido. Inspirou vários livros, filmes e documentários.
Mas, afinal, o que ele tinha de tão especial?
Ele não era santo, longe de ser perfeito. Na verdade, sua personalidade colérica é amplamente conhecida, um verdadeiro “casca de ferida”. Nos termos atuais, era uma pessoa e um chefe (muito) tóxico. Por outro lado, quem tinha resiliência suficiente para superar isso dizia que trabalhar com ele era um constante aprendizado e até inspiração.
Não estou aqui para fazer uma homenagem vazia ou “deslumbrada”. Poucas pessoas podem bater no peito e dizer que fizeram algo que realmente mudou o mundo. Steve Jobs fez isso três vezes.
A primeira foi quando viu, em um computador pessoal que seu amigo Steve Wozniak construía como hobby, a chance de levar a informática para as casas de um cidadão comum e para pequenas empresas. E foi o que fez, lançando-o como o Apple II, em 1977.
A segunda vez foi quando ele “roubou” o conceito do mouse e da interface gráfica da Xerox (Xerox Parc)(a diretoria da gigante “não deu bola” para aquela invenção de seus engenheiros da Califórnia). Com eles, lançou o Lisa (1983) e o Macintosh (1984). E aí mudou o mundo novamente ao tornar o uso do computador algo fácil para qualquer pessoa.
Por fim, ele fez de novo em 2007, quando lançou o iPhone. Pela primeira vez na história, as pessoas tinham um computador extremamente poderoso, muito fácil de usar e permanentemente conectado à Internet na palma de sua mão. Literalmente. E isso mudou tudo que fazemos!
Como ele conseguiu fazer isso tudo? Por que outro magnata ou inventor não fez uma dessas coisas que seja?
Jobs não era um gênio da tecnologia, mas ele enxergava nela uma maneira de melhorar a vida das pessoas. Ele não via apenas produtos: via transformação social. E apresentava as novidades da Apple não como equipamentos, mas como mudanças no mundo.
Em outras palavras, criar um produto inovador é difícil, mas usá-lo para revolucionar a vida da alguém… isso é genial! E são pouquíssimos os que conseguem fazer isso.
Bravo Jobs!!