Radares e câmeras servem como “olhos digitais”, ao registrar imagens dos arredores. Computadores interpretam e avaliam, com algoritmos, milhões de informações por segundo. E o principal: passam da percepção à reação mais rapidamente que um humano. Todos esses elementos descrevem o funcionamento do bonde autônomo inaugurado pela Siemens em Potsdam, na Alemanha – o primeiro do mundo. Metrôs autônomos são relativamente comuns — a Linha Amarela de São Paulo tem carros sem condutor —, mas o desafio é maior quando carros e pedestres podem cruzar os trilhos.
O bonde autônomo é equipado com múltiplos radares a laser e sensores de câmeras. Assim, o bonde filma tanto a sua estrutura como os seus arredores durante cada jornada, tornando possível uma reação aos sinais da via e uma resposta a perigos mais rápida do que a de um ser humano, segundo reportagem publicada pelo jornal britânico The Guardian.
Para a CEO da Siemens Mobility, Sabrina Soussan, a inauguração representa um passo importante no caminho da direção autônoma, que transformará “trens em estruturas inteligentes”, aumentando a segurança em viagens de curtas e de longas distâncias.