Há pouco tempo o Canadá tornou-se o primeiro país do mundo a liberar o uso do consumo de maconha medicinal e recreativo em todo o território nacional. Não à toa a Tilray, uma das mais bem sucedidas empresas do ramo, foi fundada naquele país. E o CEO da companhia, Brendan Kennedy, aspira aumentar ainda mais seus negócios: ele anunciou durante a Web Summit que passará a exportar produtos de Portugal para a Europa a partir de 2019.
“Já exportamos para outros países e temos um ponto de distribuição em Lisboa”, diz ele. “Vamos começar a produzir na Europa. Por enquanto a gente importa apenas para seis países na União Europeia, mas está bem claro pra mim que mais e mais países vão entrar no mercado da maconha medicinal.”
Kennedy se apoia em acontecimentos recentes para sustentar seu ponto de vista. Além da legalização em países como o Uruguai ou o próprio Canadá, mais e mais estados norte-americanos tem aberto sua legislação para o consumo da cannabis.
Ele ainda afirma que a indústria médica tem ampliado suas pesquisas sobre as propriedades da planta. Soma-se isso o interesse de outros setores, como a indústria do tabaco e das bebidas.
Empresas alimentícias, explica ele, podem estar no futuro do consumo de maconha. Produtos diferentes com ações diferentes estarão disponíveis no mercado. “Haverá produtos que se consome na sexta à noite pra sair e produtos que se consome no domingo pra dormir”, diz. “Vamos ter remédios diferentes também, para epilepsia ou quimioterapia”
Para o CEO, os investimentos no setor também só tendem a crescer. “Se você estiver buscando um crescimento financeiro, faça um investimento na indústria do cannabis”, diz. “Eu não vejo outra indústria com tanta potencial”. A própria Tilray é avaliada por investidores em quase US$ 5 bilhões.