Fernando Haddad (PT)
O candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), Fernando Haddad tem em seu programa de governo uma defesa do legado das medidas tomadas pelos governos do PT entre 2003 e 2016. Em especial na defesa dos micro e pequenos negócios, que representam a esmagadora maioria das novas empresas criadas no Brasil todos os meses. Para Haddad, é “fundamental conservar o tratamento diferenciado aos pequenos negócios”, seja por meio de leis específicas ou de parcerias com instituições como o Sebrae. Em relação à tecnologia e inovação, o programa delineia medidas que são principalmente voltadas à estrutura do Estado na administração desses temas.
Veja algumas promessas:
– Implantar forte política de incentivo ao crédito para micro e pequenas empresas, utilizando o BNDES e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), instituições de microcrédito e cooperativas;
– “Parcerias estratégicas” com o Sistema S, notadamente o Sebrae, para capacitar empreendedores com base na premissa de inovação, e incentivar a criação de startups “fomentando a cultura empreendedora desde o ensino fundamental”, estimulando-a também por meio de universidades e cursos profissionalizantes.
– “Remontar” o Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, associando universidades e centros de excelência para estimular a produção de pesquisas, gerando inovação em áreas como manufatura avançada, biotecnologia, nanotecnologia, fármacos, energia e defesa nacional;
– Elevar o orçamento de instituições como CNPq e Capes, e abastecer o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico com recursos do Fundo Social do pré-sal;
– Recriar o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, dissociando-o da pasta das Comunicações, e implementar um plano decenal de investimentos na área, atingindo o patamar de 2% do PIB até 2030.
Jair Bolsonaro (PSL)
Recheado de interjeições morais, religiosas e preocupação com a segurança pública, o programa de governo da Jair Bolsonaro também deixa espaço para inovação, ciência e tecnologia. Citando como exemplos ideais países como Estados Unidos, Israel e Coreia do Sul, todos com “hubs tecnológicos”, o candidato tem sua principal aposta na criação de um “ambiente favorável ao empreendedorismo”, por meio do comércio internacional principalmente. Outras propostas aparecem espalhadas no documento, mostrando como sistemas de saúde e segurança, por exemplo, podem ser modernizados.
– Criação de um Prontuário Eletrônico Nacional Interligado como “o pilar de uma saúde na base informatizada e perto de casa”. Postos, ambulatórios e hospitais seriam todos informatizados, para gerar a integração de informações entre eles e facilitar o atendimento das pessoas;
– De forma semelhante, integrar os níveis municipal, estadual e federal de educação, para que possam trabalhar em conjunto;
– Fomentar empreendedorismo nas universidades, para que gerem “avanços técnicos” para o Brasil. A ideia é que “o jovem saia da faculdade pensando em abrir uma empresa”;
– Tornar o Brasil um “centro mundial de pesquisa e desenvolvimento em grafeno e nióbio”, materiais que hoje são explorados internacionalmente para criar ligas tecnologias que elevem a durabilidade e permitam novos formatos de produtos;
– Explorar “vantagens comparativas” de cada região brasileira. Em um exemplo citado, aproveitar o potencial do Nordeste para a produção de energia a partir de fontes eólica e solar.