Pessoas com menos escolaridade tem mais sucesso em apps de namoro

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Estudo feito recentemente no jornal Science Advances analisou o comportamento dos usuários de aplicativos de relacionamentos. Para isso, foram observadas a quantidade de mensagens de quase 200 mil usuários, todos em busca de parceiros do sexo oposto. O resultado foi que os homens se atraíam mais por mulheres mais novas, em torno de 18 anos, e as mulheres preferiam homens mais velhos, na faixa dos 50 anos.

As conclusões reafirmam as de outros estudos. Uma pesquisa do gigante de namoro OkCupid, divulgado em 2010, mostrou que os homens entre 22 e 30 anos, em sua maioria, procuravam mulheres mais jovens do que eles.

“Um homem com aproximadamente 30 anos passa mais tempo conversando com meninas adolescentes do que com mulheres que tenham idades similares a deles”, escreveu o OKCupid na época.

O resultado da pesquisa, contudo, não foi uma novidade para Michelle Drouin, psicóloga especializada em tecnologia e relacionamentos. Para ela, esse fenômeno pode ser explicado pelas teorias evolucionistas do acasalamento, em que a juventude sugere fertilidade. “Os homens estão mais interessados em atração física do que em status”, afirmou ao jornal The New York Times.

O estudo ainda sugere que mulheres preferem homens mais instruídos. Quanto maior for a escolaridade do parceiro, mais atraentes eles ficam. Mas isso não é recíproco. Os homens, segundo a pesquisa, não elegem uma mulher com base em sua inteligência. Preferem até quem fez graduação, mas não uma pós-graduanda. Michele afirma que isso pode ser explicado pela crença de que mulheres altamente escolarizadas podem ser mais comprometidas com o trabalho do que com o relacionamento e a família. Ela ainda enfatiza que as preferências das pessoas que buscam relacionamentos por meio de aplicativos refletem mais a aspiração de um parceiro ideal do que o que elas realmente querem.