O homem mais rico da China deixa a Alibaba

O homem mais rico da China deixa a Alibaba

Jack Ma, o cofundador e presidente da gigante do comércio eletrônico Alibaba, afirmou que vai deixar seu posto na próxima segunda-feira (10) para se dedicar ao desenvolvimento da educação de maneira filantrópica, informou o jornal “The New York Times”.

Em entrevista ao jornal americano, o magnata declarou que seu afastamento da Alibaba não é o final, mas o princípio de uma era”. Acrescentou ainda que vai dedicar mais de seu tempo e sua fortuna à educação. “Adoro a educação”, ressaltou o magnata.

Ma era professor de inglês antes de fundar em 1999 a companhia, avaliada agora em US$ 420 bilhões e que transformou a maneira de comprar do povo chinês.

A Alibaba transformou Ma no homem mais rico de China, com US$ 40 bilhões, e também em um dos mais venerados por seus compatriotas, muitos dos quais penduraram em seus lares retratos do empresário.

Ma se retira de seu posto em um momento no qual a pujança da economia chinesa começou a se complicar, com um arrefecimento do crescimento e uma maior dívida, além das disputas comerciais com os Estados Unidos, que se intensificaram nos últimos meses.

O empresário, que permanecerá no conselho de direção da Alibaba, completa 54 anos precisamente na próxima segunda-feira, dia da sua retirada, que também coincide com o Dia do Professor na China.

A aposentadoria de Jack Ma é a primeira de uma geração de empresários chineses que fizeram fortuna utilizando a rede como ferramenta, uma decisão incomum já que muitos magnatas de seu país permanecem em seus postos durante muitos anos.

A decisão de Ma poderia afetar a indústria da venda pela internet da China, que se viu golpeada na última semana com a detenção na semana passada nos EUA de Liu Qiangdong, fundador da gigante de venda online JD.com, acusado de estupro, embora posteriormente tenha sido libertado e retornado à China.

A saída de Ma completa um processo de transição para outros diretores da empresa, depois de ter cedido o posto de diretor-executivo em 2013.