A Uber arrecadou US$ 2,8 bilhões em receita no segundo trimestre de 2018, mas acabou perdendo US$ 891 milhões por causa do aumento dos gastos da empresa, segundo reportagem da Bloomberg.
Apesar de ser uma empresa de capital fechado, a Uber decide relatar seus lucros trimestrais para investidores e para o público, está com algumas dificuldades crescentes em seu esforço maciço de expansão global. O resultado não é tão ruim quanto no mesmo período do ano passado, quando a empresa informou ter perdido cerca de US$ 1,1 bilhão, mas é uma grande queda em relação ao trimestre anterior, quando registrou um lucro raro graças à decisão de vender seus negócios no sudeste da Ásia e Rússia para rivais locais.
Segundo o CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, a empresa está planejando uma oferta pública inicial no segundo semestre de 2019. Mas esse movimento pode se tornar um pouco complicado pelo histórico da empresa de queimar grandes quantidades de dinheiro. No ano passado, perdeu US$ 4,5 bilhões e já consumiu US$ 11 bilhões desde o lançamento em 2009. Por outro lado, ela ainda tem US$ 7,3 bilhões em caixa, levantou a Bloomberg, algo que certamente dá um respiro antes do IPO.
A Bloomberg avalia que Khosrowshahi abraça o “crescimento acima do lucro” da empresa. Ele destacou alguns dos projetos mais caros e propensos a gerar “problemas” para o Uber. A operação de carros autônomos da empresa está perdendo até US$ 200 milhões por trimestre, de acordo com a The Information. Segundo o jornal, a Uber estaria sendo pressionada pelos investidores a descontinuir a unidade.
Khosrowshahi fez movimentos para diversificar os negócios desde que assumiu o comando há quase um ano. Prova disso é que no início de 2018, a companhia adquiriu a empresa de compartilhamento de bicicletas Dock e está se preparando para lançar seu próprio serviço de compartilhamento de patinetes elétricas.