A Universidade de Alberta, no Canadá, divulgou na segunda-feira (23) que seus cientistas desenvolveram a melhor SSD –sigla para memória de estado sólido, sucessora dos HDs dos computadores comuns– já criada. Esta poderá, em breve, ultrapassar em mil vezes as capacidades dos discos rígidos atuais.
A pesquisa foi conduzida a partir de uma missão: obter mais memória em menos espaço. O caminho para fazer isso passou por meticulosos avanços em nanotecnologia.
Essa nova memória regravável de escala atômica remove ou substitui rapidamente os átomos individualmente, permitindo a criação de uma memória pequena, estável e densa.
Essas memórias conseguem a capacidade máxima de 138 terabytes em um quadrado de uma polegada. Nesta densidade, a memória permite escrever cada letra do alfabeto (de forma binária) em um nanômetro.
Isso equivale a escrever 350 mil letras em um grão de arroz. Outro exemplo foi colocar as primeiras 24 notas do tema de “Super Mario” manipulando 62 átomos. O vídeo abaixo mostra isso.
“Essencialmente, você pode pegar todas as 45 milhões de músicas no iTunes e armazená-las na superfície de uma moeda de um quarto de dólar”, disse Roshan Achal, estudante de doutorado do Departamento de Física da Universidade de Alberta e principal autor da nova pesquisa.
As descobertas anteriores no quesito “supermemória” eram estáveis ??apenas em condições criogênicas, isto é, sob baixas temperaturas. Já essa nova memória estaria pronta para as temperaturas do mundo real, já que pode suportar o uso normal e o transporte além do laboratório.
Achal explicou que as aplicações imediatas serão arquivamento de dados. Os próximos passos aumentarão as velocidades de leitura e gravação, o que significa que ela terá usos ainda mais flexíveis.