Na última década, o smartphone deixou de ser apenas um aparelho para comunicação, tornando-se um poderoso portal
capaz de gerenciar nossas vidas. As pessoas cada vez mais vem usando estes aparelhos para comprar, compartilhar, estudar, trabalhar, jogar, pesquisar e se relacionar. Agora, além desta série de atividades, a tecnologia digital, móvel e conectada vai se expandir para uma esfera ainda maior e mais vital – A saúde.
A Apple comunicou recentemente que passou três anos preparando seus aparelhos para processar dados médicos, oferecendo produtos e recursos avançados para equipes de profissionais da área médica.
Segundo a empresa, a próxima atualização do sistema para iPhone incluirá um recurso chamado “Health Records” capaz de fazer com que os próprios usuários gerenciem e compartilhem seus diagnósticos. Integrado no aplicativo o “Apple’s Health”, um novo recurso que reunirá informações sobre médicos, hospitais e clínicas. Permitindo pela primeira vez que milhões pessoas tenham total controle dos próprios diagnósticos médicos. Seria o começo do fim dos médicos?
Em 30 de janeiro deste ano, a Amazon anunciou uma parceria com a “Berkshire Hathaway” e a “JPMorgan” para criar uma empresa relacionada com a saúde e sem fins lucrativos, utilizando tecnologia em massa para fornecer serviços relacionados com saúde bem mais baratos do que os planos de saúde convencionais.
No ano passado, a gigante do comércio eletrônico Amazon, começou explorado o setor, através da sua proeza logística para comercializar aparelhos, medicamentos, cateteres e outros insumos na rede.
O Google por sua vez não quer ficar fora desse mercado e acaba de lançar uma terceira empresa também relacionada com a saúde, a Cityblock Health, em parceria com a Verily e DeepMind Health, vai inteligência artificial (IA)com objetivos claros em prolongar a vida humana. Segundo o Google, já é possível através de um sistema chamado “Aphabet” prever possíveis óbitos em pacientes hospitalizados dois dias antes dos métodos atuais, permitindo assim, mais tempo as equipes médicas para intervir.
Também surfando na onda, o Facebook e a Microsoft estão se preparando para adicionar serviços relacionados a saúde em seus negócios.
Enfim, as gigantes de tecnologia irão provavelmente proporcionar enormes ganhos de produtividade em nosso setor na próxima década. Destaco, por um lado Google através de parcerias com empresas líderes de saúde transforma significativamente práticas de cuidado de saúde, por outro a Amazon com potencial para revolucionar o todo o modelo de negócios. Acima de tudo, esta competição deverá melhorar os padrões de cuidados e acesso à saúde. O paciente agradece.