Mercado: Smartphones estão ficando todos parecidos e cada vez mais caros

Smartphones estão ficando todos parecidos e cada vez mais caros

A Samsung lançou nesta semana o Galaxy Note 9, seu segundo celular top de linha do ano. Mas a julgar pelos leitores do Olhar Digital, o aparelho despertou muito menos interesse do que toda a pompa do evento de lançamento levaria a crer.

Isto acontece porque, conforme o mercado de smartphones evolui, os aparelhos estão ficando cada vez mais idênticos uns aos outros. É, também, cada vez mais difícil encontrar diferenciais claros entre modelos concorrentes numa mesma faixa de preço ou de faixas diferentes.

Veja o Galaxy Note 9, por exemplo. Em comparação com seu antecessor, o Note 8, há poucas novidades: uma tela maior, mais memória, um processador mais rápido e uma caneta S Pen que, agora, também tem Bluetooth e uma bateria própria. É praticamente o mesmo produto, levemente melhorado.

O mesmo se vê em quase todo o mercado de smartphones. Há pouco diferença entre o Galaxy Note 9 e o Galaxy S9+, lançado poucos meses atrás, além da S Pen. Do Note 9 para o iPhone X, o concorrente direto feito pela Apple, as diferenças são igualmente irrelevantes.

No varejo você encontra smartphones com 3 GB de RAM que são R$ 200 mais caros que os de 2 GB de RAM, embora ambos apresentem basicamente o mesmo desempenho em tarefas básicas, como abrir o WhatsApp e o YouTube. Para o usuário leigo, muitas vezes este número sequer é levado em conta. Leia Mais

A era dos smartphones com inteligência artificial

A era dos smartphones com inteligência artificial

Durante os últimos anos, os smartphones evoluíram em hardware, tamanho e eficiência, de pequenos dispositivos a verdadeiros phablets (smartphones com telas enormes, que mais lembram um tablet), da conectividade celular 3G à LTE, sem deixar de fora uma das mudanças mais importantes: as câmeras, cada vez mais sofisticadas. E agora é a vez de ganharem Inteligência Artificial (IA).

A IA, nesse contexto, é a capacidade de um dispositivo em adaptar-se e tomar decisões, sem a necessidade de que um usuário insira dados ou realize alguma ação, além de aprender com o seu entorno. Segundo dados do Gartner, até 2022 cerca de 80% dos dispositivos móveis terão algum tipo de IA, tecnologia que ajudará desde o reconhecimento de emoções, entendimento da Linguagem Natural, desbloqueio ou autenticação de usuário, na realidade aumentada e até na personalização do dispositivo.

E as aplicações são quase ilimitadas. Imagine que seu telefone identifica seu rosto e, dependendo das emoções que encontra, começa a reproduzir música de acordo com o momento. Ou entende que você está em uma conferência ou aula e suspende as notificações para que você não perca a concentração, deixando passar apenas as mensagens importantes, tudo isto sem perder sua potência ou reduzir a duração de sua bateria. Esse é o objetivo das empresas que desenvolvem hardware e software para inteligência artificial.

O lançamento de Sistemas em um Chip (SoC, da sigla em inglês) para smartphones com a capacidade de desempenhar tarefas avançadas de IA afeta não só a forma com que os consumidores interagem com os seus telefones, mas também o desempenho deles. Leia Mais