Jaqueta de grafeno distribui calor, mata bactérias e conduz eletricidade

Jaqueta de grafeno repele bactérias e conduz eletricidade

“Parte jaqueta, parte experimento científico, feita com o único material do mundo com um Prêmio Nobel”. A descrição poderia ser do mais novo traje espacial da Nasa, mas é na verdade de uma peça que pode compor qualquer guarda-roupa. Trata-se de uma jaqueta de grafeno, material derivado do grafite que promete revolucionar a indústria e a tecnologia.

A peça foi desenvolvida pela empresa americana Vollebak e custa US$ 695 (aproximadamente R$ 2,7 mil). Por trás do valor salgado, está a promessa de uma vestimenta com potenciais semelhantes aos de sua matéria-prima: conduzir eletricidade, absorver calor e distribuí-lo, repelir bactérias, ser impermeável e dissipar a umidade.

A dificuldade de fabricar o material também entra para a conta. O grafeno é mais fino que um fio de cabelo, mais forte que o aço e um ótimo condutor elétrico. Um estudo sobre ele ganhou o Nobel de Física de 2010 e seu potencial faz com que alguns o considerem o “material do futuro”.

Em entrevista à Fast Company, Steve Tidball, cofundador da marca, afirma que o desenvolvimento da peça exigiu anos de pesquisas. Nelas, cientistas transformaram o grafite bruto nas chamadas “nanoplaquetas” de grafeno, que foram então misturadas com poliuretano para formar uma membrana. Leia Mais

Grafeno vai revolucionar a tecnologia do futuro

O Grafeno pode ser considerado um material de (quase) 1001 utilidades, tão ou mais revolucionário que o plástico e o silício – este último usado em grande quantidade na fabricação de diversos componentes eletrônicos. Já é conhecido como um dos elementos que vão revolucionar a indústria tecnológica como um todo devido a sua resistência, leveza, transparência e flexibilidade, além de ser um ótimo condutor de eletricidade.

Com tantas vantagens e características promissoras, você certamente já deve ler lido alguma coisa sobre esse poderoso material que, muito em breve, estará nos nossos tablets, celulares inteligentes e outros dispositivos do dia a dia. E olha que a era do grafeno está apenas começando. Por exemplo, você já imaginou recarregar seu smartphone em apenas 15 minutos e só precisá-lo plugar na tomada uma semana depois? Ou ainda poder dobrar, amassar e contorcer seu aparelho telefônico sem danificar seu funcionamento? As possibilidades são muitas, e incluem ainda raquetes de tênis e até preservativos.

Embora esteja em evidência só agora, as pesquisas com grafeno começaram em 1947 pelo físico Philip Russel Wallace, o primeiro a descobrir e estudar, mesmo que de uma forma bastante limitada, os princípios do material. Ele se tornou realidade só em 1962 através dos químicos alemães Ulrich Hofmann e Hanns-Peter Boehm, quando o próprio Boehm batizou o composto, resultado da junção das palavras “grafite” e o sufixo “-eno”. Leia Mais