Quando carro e bicicleta se falam por celular

Cidades inteligentes ou “smart cities“, se quiserem merecer o nome, vão ter de se tornar também cidades com trânsito muito mais seguro. Um grupo de oito empresas fez em Barcelona, neste domingo (dia 24), uma das primeiras demonstrações de rua com rede 5G para aplicações de segurança no trânsito. O teste usou um protocolo universal de comunicação entre máquinas, o C-V2X — lê-se “CV to X”, que significa “celular-veículo para qualquer objeto”.

Na demonstração, o motorista de um carro conectado, prestes a fazer uma conversão à direita, recebeu de um poste conectado o aviso de presença de pedestre atravessando a rua após o contorno da esquina; uma bicicleta conectada informou sua presença ao motorista de um carro conectado; e um carro conectado, mais à frente, informou o motorista de outro, mais atrás, que estava parado no meio da via. Com a tecnologia, os obstáculos não precisam estar perceptíveis para os sensores embutidos no automóvel.

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Conheça a cidade inteligente do Google

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A Sidewalk Labs, divulgou parte do projeto de revitalização da orla de Toronto. O projeto é apresentado como o “primeiro bairro do mundo construído a partir da internet”, segundo a Fast Company.

Alguns detalhes do projeto foram revelados na semana passada, em parceria com a Waterfront Toronto, entidade formada pelo Canadá, Ontário e a cidade de Toronto. A princípio, a paisagem será dominada por estruturas altas de madeira, o que seria uma alternativa mais sustentável às torres de vidro e aço, com 4,9 hectares de alta tecnologia.

De acordo com Karim Khalifa, diretor de inovação em construção da Sidewalk Labs, se a proposta for aprovada, seria o maior projeto imobiliário construído essencialmente por vigas altas de madeira. O projeto abrangerá cerca de 3.000 unidades residenciais. “É uma meta audaciosa construir todos esses edifícios com madeira e de uma só vez”, disse Khalifa em entrevista à Bloomberg. Leia Mais

Afinal, o que são cidades inteligentes?

Afinal, o que são cidades inteligentes

Até 2020, o Gartner estima que serão 1,39 bilhão de sensores conectados nas cidades para alcançar metas de sustentabilidade e mudanças climáticas. O cenário reforça termos cada vez mais usados no mundo todo, como cidades inteligentes, conectadas e do futuro. Mas o que, de fato, isso quer dizer? Quando se fala em cidade inteligente, não se trata apenas de oferecer conexão de alta capacidade em ambientes públicos. A ideia é repensar o funcionamento do local, de forma integrada e com auxílio da tecnologia, para que haja o mínimo desperdício de tempo e recursos. “Tornar as cidades mais eficientes e transparentes para as empresas e para a sociedade passou de um plano de governo para um requisito de sobrevivência”, afirma Luiz Faray, diretor de TI da Oi para o mercado B2B. Isso porque, com o aumento da população, reflexo da longevidade, contar com sistemas cognitivos de transporte, saúde e lazer será essencial.

Neste cenário, começam a surgir no Brasil projetos verticais em diversos locais. “Os Centros de Comando e Controle apareceram especialmente pelas questões de segurança pública e, em alguns casos, para o tratamento de emergências integrando as polícias, os bombeiros e o Samu”, explica Faray. Mas, apesar do avanço, as cidades brasileiras ainda estão longe de se tornarem realmente conectadas. Segundo o executivo, os projetos só vão acontecer quando houver mobilização das três esferas: federal, estadual e municipal. Leia Mais