A Microsoft anunciou ontem (10/10) seu ingresso na Open Invention Network (OIN), uma comunidade com mais de 2.650 membros — como Google, IBM e Philips — que trabalha para proteger o Linux e outros programas de software de código aberto contra riscos de patentes. Com a decisão, a empresa abriu mão de um portfólio de 60 mil patentes pela organização, com o objetivo de “atrair muitas outras empresas para a OIN, tornando a rede de licenças ainda mais forte para o benefício da comunidade de código aberto”.
Em um post de blog, o vice-presidente da empresa, Erich Andersen, admitiu que o anúncio pode parecer “surpreendente” para alguns. “Não é nenhum segredo que houve atrito no passado entre a Microsoft e a comunidade de código aberto sobre a questão das patentes.
Para outros que acompanharam nossa evolução, esperamos que este anúncio seja visto como o próximo passo lógico para uma empresa que está ouvindo clientes e desenvolvedores e está firmemente comprometida com o Linux e outros programas de código aberto”, diz.
Andersen ainda destaca na publicação a contribuição da Microsoft para o código aberto no mundo. “Nossos funcionários contribuem com mais de 2 mil projetos, nós fornecemos suporte de primeira classe para todas as principais distribuições de Linux no Azure e temos grandes projetos de código aberto, como .NET Core, TypeScript, VS Code e Powershell”, afirma o vice-presidente.
Em comunicado, a OIN explica que sua prática é de “não-agressão de patentes em tecnologias de código aberto por meio do licenciamento cruzado de patentes do Sistema Linux entre si com uma base livre de royalties”.