Aclamado nos últimos anos como a reinvenção do escritório e do modo de trabalhar, o espaço aberto está agora sendo questionado. Afinal, o que é mais legal: trabalhar num ambiente moderno — daqueles abertos, sem divisórias entre funcionários, e se possível com mesa de pingue-pongue e cerveja liberada — ou num ambiente mais simples, mas silencioso? Segundo pesquisa feita com 4 mil trabalhadores (e mais de 400 que trabalham em espaços abertos) nos Estados Unidos, a segunda opção é a melhor.
Não é só que as pessoas se importam menos com as regalias ou com o estilo aberto e moderno do espaço físico. Algumas, de fato, entendem que esse conceito mais aberto interfere no trabalho de uma forma negativa, de acordo com o estudo. Por exemplo: 31% dos entrevistados evitaram expor seus pensamentos e opiniões reais em teleconferências no escritório por medo de serem ouvidos e depois julgados pelos colegas de trabalho.
Em nome de um ambiente de trabalho mais reservado, 13% disseram abrir mão do bônus de fim de ano; 13% abririam mão de cinco dias de férias; 17% renunciariam a uma janela ou luz natural; e 27% não ligariam em perder a máquina de café do escritório.
Outra revelação da pesquisa: um em cada quatro trabalhadores abririam mão da festa de fim de ano da firma em nome de um ambiente de trabalho mais privado.
O estudo foi noticiado pela Fast Company, que alerta para o fato de que quem encomendou a pesquisa foi a empresa Room, que vende pequenos espaços modulares para escritórios. A companhia tem, “obviamente, uma razão forte para jogar uma luz negativa sobre os escritórios abertos”, diz a publicação. Mas os resultados são interessantes, de qualquer forma, já que dão uma ideia de como é a vida nos escritórios americanos hoje, afirma a Fast Company.