Os partidos que integram a coalizão de governo na Alemanha fecharam um acordo na última terça-feira (02/10) sobre uma nova lei de imigração para atrair novos trabalhadores qualificados de fora da União Europeia (UE).
O documento foi assinado pelas legendas União Democrata Cristã (CDU), da chanceler Angela Merkel, a União Social Cristã (CSU), do ministro do Interior, Horst Seehofer, e o Partido Social-Democrata (SPD), do ministro do Trabalho, Hubertus Heil.
A lei trata sobre a delicada questão migratória e tem o objetivo de preencher o número elevado de vagas disponíveis no mercado de trabalho no território alemão.
A ideia é garantir uma contribuição para a estabilização do sistema público de previdência social. “Chegamos a um acordo para administrar melhor a imigração de mão de obra qualificada, como foi nos acordos de coalizão. Estou muito feliz com o resultado”, disse Seehofer, durante coletiva de imprensa.
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Segundo o ministro do Interior da Alemanha, o país precisa de uma força de trabalho qualificada e a “migração ilegal pode ser reduzida com essas medidas”.
Além de vistos temporários de seis meses para procurar emprego, foram prometidos procedimentos mais rápidos para o reconhecimento das qualificações. “Hoje é um dia de sucesso para a Alemanha, para a economia e para a sociedade”, comentou o ministro da Economia, Peter Altmaier, lembrando que a falta de trabalho qualificado atinge a economia alemã há anos. De acordo com Merkel, o foco principal não está na formação universitária, mas na qualificação profissional. A intenção é garantir a entrada no país de “padeiros a engenheiros”.
Recentemente, a Confederação Alemã das Câmaras de Indústria e Comércio (DIHK) afirmou que há 1,6 milhão de postos de trabalho não ocupados no país.