O presidente-executivo da Uber, Dara Khosrowshahi, afirmou que a empresa caminha para lançar uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) em 2019.
Fundada em 2009 por Garret Camp e Travis Kalanick, a empresa de capital fechado é uma das mais valorizadas do mundo.
Investidores estimam que seu valor de mercado já seja superior a US$ 62 bilhões (R$ 257,9 bilhões).
A oferta de ações na Bolsa poderá ser uma das maiores já registradas para uma empresa de tecnologia.
Na semana passada, a Lyft, maior competidora da Uber no segmento de aplicativo de transporte privado no mercado americano, também sinalizou para a Bloomberg que abrirá capital no próximo ano, entre março e abril.
A empresa é menor. Com a captação de US$ 600 milhões (R$ 2,4 bilhões) em sua última rodada de financiamento, sua avaliação ficou estimada em torno de US$ 15,1 bilhões (R$ 62,8 bilhões).
Um dos desafios da Uber para a abertura de capital é se mostrar rentável.
Por mais que não seja obrigada a divulgar balanços financeiros, a companhia tem feito isso em uma tentativa de mostrar transparência ao mercado.
Em agosto, a empresa informou que diminuiu seu prejuízo trimestral: de US$ 1,1 bilhão (R$ 4,58 bilhões) no segundo trimestre de 2017 para US$ 891 milhões (R$ 3,7 bilhões) no segundo trimestre deste ano.
A receita líquida, que exclui o valor pago a motoristas, bem como as promoções e reembolsos, foi de US$ 2,8 bilhões (R$ 11,6 bilhões), aumento de 8% ante o primeiro trimestre e de mais de 60% em relação ao ano anterior.
“Tivemos outro grande trimestre, continuando a crescer a um ritmo impressionante para um negócio de nossa escala”, disse Khosrowshahi no mês passado.
O presidente, que está à frente da Uber há um ano, desde a polêmica saída de Travis Kalanick —convidado a se retirar pelo conselho administrativo—, afirmou que a empresa não planeja vender sua ATG (Advanced Technologies Group) neste momento.
O ATG é uma divisão da companhia guiada pela equipe de engenharia autônoma da Uber com foco em tecnologias de longo prazo, que inclui o projeto Uber Elevate, cuja ambição é levar carros autônomos voadores às cidades em até cinco anos.
“Em última análise, é um grande trunfo que estamos construindo e podemos monetizar da maneira que quisermos. Não é algo em que estamos pensando neste momento”, disse o executivo.
No mês passado, a Toyota anunciou investimento de US$ 500 milhões (R$ 2,8 bilhões) na Uber para o desenvolvimento de carros autônomos.