A Uber quer priorizar bicicletas elétricas em vez de carros para viagens de curta duração. Em entrevista ao Financial Times, o executivo-chefe do aplicativo de transporte, Dara Khosrowshahi, afirmou que essa é uma estratégia de longo prazo, na qual opções de transporte individuais se adequarão melhor a esse tipo de demanda.
O executivo admite que, no curto prazo, a medida significaria uma queda nas receitas dos motoristas – e mais um impacto financeiro para uma empresa que teve prejuízos de US$ 4,5 bilhões no ano passado. No entanto, Khosrowshahi destaca que os investidores precisam estar cientes de que as perdas de curto prazo são necessárias para que a empresa possa atingir as metas de longo prazo.
“Durante o horário de rush, é muito ineficiente ter uma tonelada de metal para levar uma pessoa por 10 quarteirões”, afirma o executivo na entrevista. “Somos capazes de moldar o comportamento de uma maneira que seja uma vitória para o usuário. É uma vitória para a cidade. No curto prazo financeiro, talvez não seja uma vitória para nós, mas estrategicamente, a longo prazo, achamos que é exatamente para onde queremos ir.”
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O primeiro movimento da companhia em direção a novas formas de transporte aconteceu no início deste ano. A Uber adicionou e-bikes ao seu aplicativo em fevereiro e, em abril, adquiriu serviço de compartilhamento de bicicletas elétricas JUMP Bikes – o que permitiu à companhia oferecer aos clientes nos Estados Unidos uma alternativa aos carros. Atualmente, as bicicletas estão disponíveis em oito cidades dos EUA, incluindo Nova York, Washington e Denver, e em breve deverão chegar a Berlim.
De acordo com o Financial Times, Khosrowshahi, que atua na empresa há um ano, esteve envolvido com os acordos estabelecidos com a Lime, uma empresa especializada em scooters elétricas, e com a Masabi, empresa de Londres que desenvolve um aplicativo que fornece bilhetes para o transporte público. O objetivo dessas iniciativas é construir uma grande “plataforma de mobilidade urbana”.