O avanço das ações nos últimos dias reflete o lucro da empresa, e ele foi puxado pela venda de iPhones por um preço mais caro. No segundo trimestre de 2018, as vendas de iPhone ficaram abaixo do esperado pelos investidores (foram vendidas 41,3 milhões de unidades, contra expectativa de 41,8 milhões). Mas isso foi compensado pelo preço mais alto do produto: o valor médio foi de US$ 724, contra a expectativa inicial de US$ 694 dólares, segundo dados da FactSet.
Mas as vendas do iPhone já chegaram a preocupar e causar queda das ações da Apple em anos anteriores. Em 2016, a Apple reportou queda na venda de iPhone, fazendo com que a receita da empresa tivesse a primeira baixa em 15 anos. Em 2017, houve novo recuo inesperado nas vendas do produto, e isso fez com que as ações caíssem.
Depois disso, a empresa buscou se diversificar para não depender tanto do iPhone. Com esse movimento, os ganhos com serviços como iTunes Store, Apple Music, Apple Pay aumentaram 31% no segundo trimestre de 2018, para US$ 11,5 bilhões.
A compra de smartphones se estabilizou, e a Apple ampliou sua linha de iPhone com versões mais caras e baratas, do iPhone X ao iPhone SE.
Os dois países vêm trocando medidas protecionistas e ameaças de retaliações, gerando temores de que uma “guerra comercial” possa atingir outros países e afetar a economia global como um todo. A China é um dos principais mercados da Apple, e a empresa também monta no país asiático a maioria de seus aparelhos. Por essa razão, o conflito preocupa investidores e acionistas da empresa.
Um dos produtos que podem ser atingidos pelo anúncio e US$ 200 bilhões em produtos importados da China pelos Estados Unidos é o Apple Watch, citado pelas regras governamentais de tarifas. Se a tarifação entrar em vigor, o produto pode ter uma taxação extra de até 25%.
Tim Cook, CEO da Apple, diz que que até agora os produtos da Apple não se viram diretamente afetados, mas que a companhia está avaliando as medidas tomadas por Trump. “Nossa opinião sobre as tarifas é de que se mostram como um imposto sobre o consumidor e geram menor crescimento econômico.”