BNDES capta US$ 156 milhões para energia renovável com banco dos Brics

BNDES capta US$ 156 milhões para energia renovável com banco dos Brics

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) captou US$ 156 milhões junto ao New Development Bank (NDB) — instituição de fomento multilateral dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) — para incentivar a geração de energia renovável no Brasil.

Conforme informou o BNDES, o repasse faz parte de uma captação total de US$ 300 milhões, acordada em abril de 2017. As outras duas parcelas foram liberadas em abril e junho deste ano, nos valores de, respectivamente, US$ 67,3 milhões e US$ 75,8 milhões.

“Esta última tranche, maior liberação já realizada pelo chamado banco dos Brics, destina-se a dois projetos, apoiados também com recursos do BNDES: o complexo eólico de Campo Largo I e o complexo solar de Pirapora I”, diz a nota, divulgada nesta quarta-feira (31/10) pelo banco de fomento brasileiro.

Os investimentos no complexo eólico de Campo Largo I, um projeto do grupo Engie, terão empréstimos do BNDES e do NDB, no valor de US$ 95 milhões cada.

Já o complexo solar de Pirapora, em construção pela EDF, terá financiamento de US$ 102 milhões do BNDES, mais empréstimo de US$ 61 milhões do NDB.

BNDES terá crédito para energia limpa voltado a empresas e pessoa física

O BNDES vai lançar na quinta-feira um programa de fomento à geração de energia solar e eólica, disse à Reuters uma fonte próxima às discussões, em um programa com recursos “bilionários” para empresas e pessoas físicas.

O anúncio vem em meio a uma busca do presidente Michel Temer por uma agenda positiva às vésperas da eleição de 7 de outubro. O presidente inclusive deverá participar do lançamento do programa no BNDES, adicionou a fonte, que falou sob a condição de anonimato.

O anúncio do banco deverá envolver duas linhas de crédito para energia solar e eólica, com uma delas voltada a financiar a compra de equipamentos de geração renovável por parte de pessoas físicas e microempresas e outra linha para empresas maiores.

“Serão valores significativos e robustos”, afirmou a fonte, sem abrir os números.

“Serão linhas com condições favoráveis a ponto de estimular a geração renovável. A linha para pessoas físicas e microempresas terá juros menores.”

Uma segunda fonte com conhecimento das conversas afirmou que os recursos para a linha voltada a micro e pequenas empresas virão do Fundo Clima, enquanto a linha voltada a empresas maiores usará recursos do programa Finame, de financiamento de máquinas e equipamentos.

“O Finame para esse programa será na casa de bilhões de reais”, disse.

O movimento do BNDES e do governo acontece em meio a um expressivo crescimento no Brasil dos investimentos de empresas e pessoas físicas em pequenas instalações para produção da própria energia, principalmente com painéis solares, uma tecnologia conhecida no setor como geração distribuída.

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