IBM coloca mais fichas no mercado de nuvem com a aquisição da empresa de nuvem e software livre Red Hat. A aquisição, que foi confirmada ontem (28/10) pelas empresas, será no valor aproximado de US$ 34 bilhões. O acordo, o maior na história da IBM, ajuda a companhia a se colocar como um player relevante nesse mercado. A empresa centenária não foi ágil no desenvolvimento e oferta de tecnologia de nuvem, mercado dominado por companhias como Microsoft e Amazon, com a AWS (Amazon Web Services).
“A aquisição da Red Hat é um divisor de águas”, disse em pronunciamento Ginni Rometty, CEO da IBM. “Isso muda tudo em relação ao mercado de nuvem.”
A Red Hat é uma provedora de software open source e serviços corporativos, seu foco é em computação na nuvem e servidores Linux, um sistema open source, ou de código aberto. Agora, a companhia será uma divisão da Hybrid Cloud, área de nuvem híbrida, da IBM.
De acordo com Rometty, as empresas ao redor do mundo estão ainda no início da adoção de soluções em nuvem. Ela estima que as companhias tenham avançado 20% de suas jornadas da nuvem. Para a Red Hat, o benefício vem graças a um aumento exponencial em sua oferta—o time de vendas da IBM agora poderá levar soluções da Red Hat a empresas, atingindo um mercado mais amplo.
A expectativa é que a aquisição seja concluída no segundo semestre de 2019.
Este é o segundo maior negócio da área da tecnologia da história. A aquisição perde somente para a compra da EMC pela Dell, em 2015. Na ocasião, a Dell pagou US$ 63 bilhões pela companhia de nuvem.
Com o valor da aquisição, a IBM pagará US$ 190 por ação da Red Hat, um prêmio de 63% sobre a cotação dos papeis na sexta-feira, quando fechou em US$ 116,68.
Anurag Rana, analista da Bloomberg Intelligence, afirmou que a aquisição faz da IBM “um player de credibilidade no mercado de nuvem”.