Procuradores japoneses devem apresentar um novo processo penal contra o presidente deposto do conselho de administração da Nissan, Carlos Ghosn, por não declarar 3 bilhões de ienes (27 milhões de dólares) de remuneração durante três anos a partir do ano fiscal de 2015, disse o jornal local Asahi nesta sexta-feira.
Ghosn e o ex-diretor da Nissan Greg Kelly estão sendo investigados por supostamente conspirarem para omitir metade da remuneração de Ghosn de cerca de 10 bilhões de ienes que recebeu da Nissan durante cinco anos, a partir do ano fiscal de 2010.
No total, Ghosn subdeclarou sua remuneração na Nissan em cerca de 8 bilhões de ienes nos últimos oito anos, até o ano fiscal que acabou em março, disse o jornal, sem citar fontes.
A publicação não mencionou se um novo caso também visaria Kelly.
Ghosn e Kelly foram presos e removidos de seus cargos nesta semana devido a alegações de fraude financeira. Um novo caso tornaria Ghosn sujeito a um novo mandado de prisão, disse o jornal.
Como Ghosn e Kelly ainda estão detidos, nenhum dos dois pôde se defender publicamente das alegações.
A Reuters não foi capaz de entrar em contato com eles. Motonari Otsuru, ex-procurador que segundo a mídia local foi contratado para defender Ghosn, não estava disponível de imediato para comentar.
A Procuradoria de Tóquio não pôde ser contactada nesta sexta-feira, que é feriado no Japão. A Nissan se recusou a comentar.