O conselho de administração da operadora de telefonia italiana TIM revogou nesta terça-feira (13/11) o mandato do CEO do grupo, Amos Genish, que estava no cargo desde julho de 2017.
Segundo fontes da empresa, Genish, que havia sido nomeado pelo grupo francês Vivendi, maior acionista da companhia, perdeu o apoio da gestora de recursos norte-americana Elliott, que controla o conselho de administração.
O cargo de CEO será assumido interinamente pelo presidente da TIM, Fulvio Conti, até 18 de novembro, quando o conselho se reunirá novamente para definir o substituto de Genish. Por meio de uma nota, a empresa agradeceu ao executivo pelo “trabalho desenvolvido no interesse da sociedade e de todos os seus stakeholders”.
A demissão chega poucos dias depois da divulgação dos resultados da TIM no terceiro trimestre, que mostraram um prejuízo acumulado de 800 milhões de euros nos nove primeiros meses de 2018 após a decisão do conselho de desvalorizar seu aviamento (lucro potencial) em 2 bilhões de euros.
Para a Vivendi, essa decisão é uma forma de tentar “desestabilizar” a operadora. No início de maio, quando a Elliott venceu a disputa para controlar o conselho da TIM, o grupo francês já a havia acusado de querer “desmantelar” a empresa.
A Vivendi deve pedir a convocação de uma nova assembleia de sócios para tentar retomar a maioria no conselho de administração.