Movimento #EleNão, cresce e recebe apoio de famosos

Movimento #EleNão, cresce e recebe apoio de famosos

Após a cantora Daniela Mercury dar início a um novo movimento contra a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República, desafiando a colega Anitta a se manifestar a favor da hashtag #EleNão, o movimento ganhou força entre as artistas , inclusive entre as globais.

Nathália Dill, Sophie Charlotte, Leticia Sabatella e Letícia Colin foram algumas da primeiras atrizes da Rede Globo que aderiram ao movimento. Elas postaram vídeos nesta segunda-feira 24 em suas redes sociais do Instagram, justificando o porquê de não votarem no ex-militar, convidando a todos a participarem dos atos contra Bolsonaro, marcados para o próximo sábado, 29, em várias cidades do País, e desafiando outras colegas do mundo artístico a gravarem um vídeo em apoio a hashtag #EleNão.

No último domingo, a cantora Anitta declarou que não apoia o candidato Jair Bolsonaro depois de ser desafiada pela cantora Daniela Mercury. Ela desafiou as cantoras Preta Gil, Ivete Sangalo e Claudia Leitte a também se posicionarem publicamente.

A corrente também ganhou apoio de artistas internacionais. A cantora inglesa Dua Lipa compartilhou um tweet que compara o deputado federal com o presidente americano Donald Trump e diz que o Brasil flerta com um retorno a ‘dias sombrios’. O DJ e produtor Diplo, que trabalhou com Anitta e Pabllo Vittar em ‘Sua Cara’ também entrou na campanha compartilhando uma imagem onde se lê ‘Ele Não’. O vocalista da banda Imagine Dragons, Dan Reynolds, disse que Bolsonaro não representa o Brasil que ele conhece e ama. Nicole Scherzinger, que era do grupo Pussycat Dolls, também aderiu às hashtags ‘EleNão’ e ‘elenunca’ em mensagem a fãs brasileiros.

Grupo lança manifesto contra Bolsonaro

Um grupo que inclui artistas, advogados, ativistas e empresários lançou um manifesto contra a candidatura de Jair Bolsonaro. O documento intitulado “Pela democracia, pelo Brasil” não indica apoio à candidatura do PT nem de qualquer um dos adversários do deputado, mas afirma ser necessário um movimento contra o projeto antidemocrático do candidato do PSL. Na esteira do manifesto, a hashtag ‘#DemocraciaSim’ também começou a circular neste domingo.

“É preciso dizer, mais que uma escolha política, a candidatura de Jair Bolsonaro representa uma ameaça franca ao nosso patrimônio civilizatório primordial. É preciso recusar sua normalização e somar forças na defesa da liberdade, da tolerância e do destino coletivo entre nós”, diz o texto.

O documento diz que o país já teve em Jânio Quadros e Fernando Collor de Mello “outros pretensos heróis da pátria, aventureiros eleitos como supostos redentores da ética e da limpeza política”, mas que acabaram levando o Brasil ao “desastre”.

“Nunca é demais lembrar, líderes fascistas, nazistas e diversos outros regimes autocráticos na História e no presente foram originalmente eleitos, com a promessa de resgatar a autoestima e a credibilidade de suas nações, antes de subordiná-las aos mais variados desmandos autoritários”, diz outro trecho do manifesto.

Versão preliminar do manifesto, obtido pela reportagem, conta com cerca de 150 nomes, entre eles os de Maria Alice Setúbal, educadora e acionista do Itaú Unibanco; do economista Bernard Appy; do empresário Guilherme Leal, sócio da Natura; de Caetano Veloso e Paula Lavigne; do advogado e professor da FGV Carlos Vilhena; e do médico Drauzio Varella.