O candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) lidera a disputa ao Palácio do Planalto com 27% das intenções de voto, de acordo com pesquisa Ibope encomendada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgada nesta quarta-feira (26). Em seguida, aparecem Fernando Haddad (PT), com 21%, e Ciro Gomes (PDT), com 12%.
Geraldo Alckmin (PSDB) tem 8% e Marina Silva (Rede), 6% da preferência dos entrevistados, respectivamente. Como a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, Ciro e Alckmin estão tecnicamente empatados no limite dela. O tucano também empata com Marina dentro da margem de erro.
João Amoêdo (Novo) somou 3%, Alvaro Dias (Podemos), 2%, Henrique Meirelles (MDB), 2%, e Guilherme Boulos (PSOL), 1%. Os que declararam voto em branco e nulo são 11%. Os que não souberam ou não responderam são 7%.
Os candidatos Cabo Daciolo (Patriota), Vera Lúcia (PSTU), José Maria Eymael (DC) e João Goulart Filho (PPL) não somaram 1% das citações.
Se fossem considerados somente os votos válidos, não computados os brancos, nulos e indecisos, nenhum candidato atingiria mais de 50% deles e ganharia o pleito no primeiro turno. No caso, Bolsonaro teria 33% dos votos válidos e Haddad, 25%.
Segundo Ibope na semana
Esta é a segunda pesquisa Ibope divulgada nesta semana. Em comparação com pesquisa da segunda-feira (24), Bolsonaro oscilou negativamente, pois tinha 28% das intenções de voto. Haddad também oscilou negativamente, já que tinha 22% das intenções.
Ciro oscilou um ponto percentual para mais. Alckmin (PSDB) manteve os mesmos 8% do início da semana. Marina Silva oscilou positivamente, pois havia obtido 5% na pesquisa de segunda.
Simulações de 2º turno
A pesquisa Ibope/CNI divulgada nesta quarta também consultou os eleitores sobre quatro cenários de segundo turno entre Bolsonaro e os adversários mais bem colocados nas pesquisas.
Segundo o levantamento, Bolsonaro perde para Ciro e empata dentro da margem de erro com Haddad, Alckmin e Marina. Nos cenários testados, Bolsonaro fica numericamente atrás do petista e do tucano, mas à frente da candidata da rede.
Quem mudaria de voto?
De acordo com a pesquisa, Bolsonaro é o candidato cujos eleitores são os menos propensos a mudar o voto. Entre os que declararam voto nele, 55% afirmaram que a decisão é definitiva.
Depois vêm Haddad, com 49% das intenções sendo definitivas, e Ciro, com 31% de seus eleitores declarando que não mudarão de opinião.
Alckmin e Marina têm os eleitores mais voláteis. 26% dos eleitores do tucano declararam se tratar de uma decisão definitiva enquanto 22% fizeram o mesmo quanto a Marina.
Os entrevistados que afirmaram poderem votar em todos são 2%. Os que não souberam e não responderam são 7%.
Para o gerente-executivo de pesquisas da CNI, Renato da Fonseca, a pesquisa mostra que Bolsonaro e Haddad estão com votos bem consolidados.
Ele disse que o índice de três a cada dez entrevistados declararem apostar no voto útil é menor do que o imaginado diante da valorização do tema pelos candidatos.
“Aparentemente, é difícil você tirar o eleitor tanto do Bolsonaro quanto do Haddad. São os menos propensos a fazer essa mudança de voto. Agora, de novo, eleição é eleição. Pode acontecer alguma coisa daqui para frente que faça as pessoas repensarem as suas decisões”, declarou.
Bolsonaro é o candidato mais rejeitado
A pesquisa Ibope/CNI mostra que Bolsonaro é o candidato mais rejeitado pelos eleitores, sendo 44% os que afirmam que não votariam de jeito nenhum nele.
Em seguida, aparecem Haddad e Marina com o mesmo percentual de rejeição, de 27%. Alckmin é rejeitado por 19% dos eleitores. Ciro Gomes, por 16%.
Entre os candidatos que receberam menos de 5% das intenções de voto, Daciolo e Meirelles contam com 11% de rejeição, Eymael, 10%, Alvaro Dias, Guilherme Boulos e Vera Lúcia, 9%, João Amoêdo, 8%, João Goulart Filho, 7%.
Avaliação do governo Temer
Além de intenções de voto à Presidência da República, a pesquisa Ibope/CNI também analisou a aprovação do governo Michel Temer (MDB). Segundo o instituto, o percentual dos que consideram a gestão do emedebista ótimo ou bom é de 4%. Já os que avaliam o governo ruim ou péssimo são 82%.
Os que confiam no presidente são 5% e os que declararam não confiar nele são 92%. Quanto à maneira de governar, a aprovação ficou em 6%. Já a desaprovação chegou a 92%.
O Ibope ouviu 2.000 pessoas em 126 municípios entre os dias 22 e 24 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento foi registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número BR-04669/2018.
O intervalo de confiança estimado para a pesquisa é de 95%. Segundo o Ibope, isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados serem um retrato do “atual momento eleitoral”.