Os jovens sem trabalho é o maior desafio do próximo presidente

Os jovens sem oportunidades de trabalho é o maior desafio do próximo presidente

Paulo Edson Teixeira tem uma ideia fixa. Participa de três grupos de WhatsApp, segue diversos perfis nas redes sociais, troca mensagens diárias com amigos, tudo com variações sobre o mesmo tema: conseguir o primeiro emprego.

Paulo tem apenas 20 anos, mora na Vila Kennedy, comunidade na Zona Oeste do Rio de Janeiro, e concluiu o ensino médio no ano passado. Este ano deveria marcar seu ingresso em uma faculdade ou um curso de qualificação, ou ainda seus primeiros passos na vida profissional, mas ele se vê em um limbo de falta de oportunidade.

“Estou todo dia na busca, mas até agora nada”, diz ele, que costuma sair distribuindo currículos com o amigo Mateus da Silva Lopes, também da Vila Kennedy. Leia Mais

Jovens temem a tecnologia

Jovens temem a tecnologia

Segundo pesquisa os jovens são menos otimistas quanto à tecnologia. Apesar dos jovens de 13 a 17 anos serem os que mais usam a tecnologia para relaxar, eles possuem quatro dos piores desempenhos das sete perguntas do ICD. “O que mais chama atenção é a sensação de angústia e ansiedade, que resulta no pior índice de confiança digital entre todas as outras segmentações por idade”, segundo pesquisa.

Em uma escala de 1 a 5, o brasileiro possui expectativa positiva em relação à tecnologia, no valor final de 3,92. Na mesma proporcionalidade, 4,38 esperam sempre o melhor da tecnologia; 3,74 acreditam que vão perder o emprego e 3,05 afirmam que ela traz angústia. Os números são do Índice de Confiança Digital (ICD), estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV), que mede a confiança de consumidores em diversos segmentos, como mudanças políticas, sociais, econômicas, ambientais ou mesmo tecnológicas.

O público com mais idade possui o pior desempenho em 3 das 7 perguntas, embora com ICD mediano. Mas chama a atenção o comportamento perante a afirmação. “Muitas pessoas vão perder o emprego em função da tecnologia” – 80% concordam, mesmo que parcialmente, com essa afirmação. “Isso nos leva concluir que esse público é o que mais se sente ameaçado pelos novos recursos”, conclui André Miceli(coordenador do curso de MBA em Marketing Digital). Leia Mais