Para ter segurança na oferta e preços baixos na conta de luz e nos combustíveis está diretamente relacionado à ampliação das chamadas fontes limpas de energia, como eólica, solar, biomassa, biocombustíveis, entre outras. Essa é a avaliação do ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, em entrevista exclusiva a veículos da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), nesta terça-feira (13), em que analisou o cenário do setor no país.
“Nós temos algumas iniciativas importantes. O programa Renovabio [Polícia Nacional de Biocombustíveis] é reconhecido internacionalmente, tem metas extremamente ousadas. Estamos empenhados em garantir energia limpa, o que significa ir exluindo as fontes poluentes que têm sido causa de grandes transtornos ambientais”, afirma.
A principal meta do Renovabio, que entrou em vigor este ano, é reduzir em 10% as emissões de carbono na matriz de combustíveis do país, passando dos atuais 74,25 gramas de gás carbônico por megajoule (g CO2/MJ) para 66,75 g CO2/MJ, o que corresponde à retirada de 600 milhões de toneladas de carbono da atmosfera até 2028. Isso deve expandir o mercado de etanol e biodiesel.
No campo da geração de energia elétrica, Moreira Franco diz que, apesar de representar mais de 63% da capacidade de geração, o país não pode mais depender tanto da matriz hidrelétrica, de forma isolada. “Com as decisões decorrentes de uma visão ambiental, os reservatórios [em hidrelétricas] estão proibidos, você trabalha com a linha d’água. Passou a ser um elemento de fraqueza [desse modelo]”, admite. O principal gargalo, nesse cenário, afirma o ministro, é incorporar as fontes limpas à estrutura de distribuição de energia, o que vai impactar na redução de preços. Leia Mais