“Dados são o novo petróleo”. Esta expressão refere-se à forma de mineração de riquezas informacionais a partir da coleta e análise de massivas quantidades de dados. Seguindo essa linha de analogia, os dados vêm se tornando até mais interessantes do que o petróleo, uma vez que virtualmente ao contrário deste, nunca se esgotam e assistimos com o passar do tempo cada vez mais o custo de toda a cadeia de processamento, desde a coleta até o descarte, vir diminuindo. E de quem são esses dados? São dados sobre cada um de nós, sobre nossos hábitos de vestir, de andar, de comprar. Dados fornecidos despretensiosamente, por nós mesmos, ou por outros, ao aceitar sem ler os Termos e Condições ou Política de Privacidade de um aplicativo “gratuito” baixado no celular, mas também dados capturados ou inferidos a partir de outros serviços ou dispositivos, que talvez nem tenhamos idéia que estejam “nos espiando”. Leia Mais
Tag: Dados
Como apps de jogos capturam dados dos usuários
Antes de Kim Slingerland baixar o app “Fun Kid Racing” para seu filho Shane, que tinha cinco anos, ela verificou para garantir que o jogo era parte da seção de família da loja Google Play, e que era apropriado para a idade do menino. O jogo permite que crianças participem de corridas com carros engraçados, com animais como pilotos, e já registrou milhões de downloads.
Até o mês passado, ele também compartilhava dados sobre seus usuários, entre os quais a localização exata dos aparelhos usados para o jogo, com meia dúzia de empresas de publicidade e rastreamento de tráfego online. Na noite da terça-feira, o secretário estadual da Justiça do estado americano do Novo México abriu um processo no qual afirma que os produtores de “Fun Kid Racing” violaram as leis federais quanto à privacidade das crianças, por meio de dezenas de aplicativos para o sistema operacional Android que compartilham dados sobre as crianças. Leia Mais
Banco Inter confirma vazamento de dados dos correntistas
O Banco Inter confirmou que os dados dos seus clientes foram vazados na internet. Em nota enviada aos correntistas, o banco disse que a “exposição dos dados foi de baixo impacto” e que os clientes mais gravemente afetados foram notificados.
O vazamento está sendo avaliado pela Justiça de Brasília, em um caso que corre em sigilo, e também é motivo de um processo na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), pois o Inter tem capital aberto desde abril. Na nota, o banco disse que, em maio, identificou um incidente de segurança em seu sistema, frisando que “alguns dados foram acessados e divulgados”.
A instituição disse, porém que as investigações não constataram um ataque cibernético externo que comprometesse a segurança dos dados dos correntistas. “Acreditamos que a pessoa autorizada a atuar em nossos sistemas tenha quebrado seu dever de sigilo (…) e, após tentativa frustrada de nos extorquir, divulgou, sem autorização, algumas informações à pequena parcela de nossos clientes à época”, diz a nota. Leia Mais
Por que o Facebook não para de entregar nossos dados?
Desde que explodiu o escândalo sobre o uso indevido de dados de 87 milhões usuários pela empresa britânica Cambridge Analytica, o Facebook apresentou uma série de mudanças na plataforma. Passou a divulgar ferramentas de controle de privacidade quase semanalmente, deu algumas explicações a parlamentares dos Estados Unidos e da Europa… Só faltou fazer um balanço público do que aconteceu com os apps que pegavam nossos dados e dos nossos amigos.
No fim de junho, por exemplo, o pesquisador Inti de Ceukelaire divulgou que o app de quiz NameTests apresentava uma falha de segurança que, se explorada por alguém com conhecimento técnico, poderia mostrar dados de usuários que fizeram o teste. Quer dizer, a dor de cabeça não parece ter fim.
A vice-presidente de comunicações do Facebook, Rachel Whetstone, revelou que a empresa investigou “alguns milhares de apps” e suspendeu “duas centenas”. Quem se recusou a ser auditado, foi banido.
“É importante lembrar o que dissemos: que iríamos olhar quais apps tiveram acesso a grandes volumes de dados, antes de mudarmos as regras, e auditar aqueles com sinais de uso abusivo”, falou. “Mas nós não temos poder legal para obrigar uma a auditoria.”
Segundo ela, os principais alvos do Facebook também ficaram de fora da investigação interna, mas por um pedido do governo britânico. Leia Mais