André Pepitone da Nóbrega (Aneel) – Aponta um desafio para seu mandato de quatro anos que assume hoje à frente do órgão regulador: conter a escalada de subsídios jogados nas costas dos consumidores e responsável, em boa parte, pelo aumento de tarifas nos últimos anos.
E o principal alvo na mira de Pepitone já foi escolhido: as subvenções dadas para geradores e consumidores de fontes incentivadas de energia (basicamente eólica e solar). Esses incentivos já representam praticamente metade de todas as despesas da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), o “superfundo” que banca subsídios do setor, cujo orçamento para este ano foi revisado na semana passada e chega a estratosféricos R$ 19,7 bilhões.
Os recursos da CDE para dar mais competitividade à energia eólica e solar deram um salto em pouco tempo. Eram R$ 4 bilhões em 2013 e vão atingir R$ 8,7 bilhões neste ano. Sem nenhuma perspectiva de controle e com tudo indo parar nas contas de luz.
Grosso modo, cada bilhão adicional de despesa da CDE se reflete em aumento perto de um ponto percentual para os consumidores finais, numa dinâmica perversa que fez as tarifas subirem. Leia Mais