Regra da lei da informática poderá liberar R$ 800 milhões para fundos

Regra da lei da informática poderá liberar R$ 800 milhões para fundos

Uma portaria do MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações) vai permitir que as empresas beneficiadas pela Lei da Informática possam aportar dinheiro em fundos que investem em startups.

O montante anual será de aproximadamente R$ 826 milhões, se calculado com base nos números de 2016, o ano mais recente para o qual há dados disponíveis.

A Lei da Informática, de 1991, permite dedução de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para companhias que investem em pesquisa e desenvolvimento internamente e também em instituições credenciadas.

Agora, há a alternativa de aportes em FIPs (fundos de investimentos em participação) que, por sua vez, investirão em negócios com renda anual de até R$ 16 milhões.

“As startups precisam de muito recurso para crescer, isso era algo demandado pelo setor no país”, afirma Sérgio Alves, coordenador da secretaria de políticas digitais da pasta.

A nova regra determina que o limite para o uso de FIPs é de 54% do capital que a empresa desembolsa como contrapartida da isenção —os veículos  vão disputar essa fração da verba com a pesquisa feita pelas próprias companhias.

“Os empresários preferiam que os investimentos em fundos fizessem parte da obrigação externa, essa é a única reclamação sobre a portaria”, diz Feliciano Aldazabal, diretor da F. Iniciativas, consultoria especializada em isenção fiscal.

Os valores que vão para projetos com instituições credenciadas (36%) e para o fundo de desenvolvimento (10%) continuam a ser obrigatórios

Esfiha, coxinha e churrasco

O grupo que administra as redes de restaurantes Habib’s e Ragazzo vai aportar cerca de R$ 100 milhões na abertura de novas unidades em 2019.

A projeção da empresa é inaugurar ao menos 125 pontos próprios no próximo ano.

“Cem desses serão locais  em modelo fast-food, menor, que custam R$ 400 mil cada, e os outros no formato tradicional, que demandam entre R$ 1,5 milhão e R$ 2,2 milhões”, diz o diretor-executivo, Mauro Saraiva.

As regiões Sul e Sudeste receberão a maioria das novas operações, segundo ele.

Em seu plano de expansão, a companhia abandonou o modelo de franquias. “O negócio deverá ser retomado no futuro, mas não há data, é algo que está em estudo.”

A Tendall, marca de churrascarias da holding, também terá ao menos duas inaugurações em 2019. Hoje, são seis, todas localizadas na capital paulista.

O grupo deverá construir ainda quatro postos de combustível com lojas de conveniência na região metropolitana de São Paulo.

R$ 2,5 bilhões
é o faturamento anual

543
são os restaurantes hoje

20,5 mil
são os funcionários

Impulsionada por estágio pré-obra, construção tem alta em emprego

O nível de emprego na construção teve uma leve alta de 0,64% em setembro na comparação com agosto, segundo o Sinduscon-SP (sindicato setorial) e a FGV (Fundação Getulio Vargas).

Foram criados 15,1 mil postos de trabalho, um volume ainda pequeno comparado aos mais de 2,37 milhões de trabalhadores do setor.

Apesar do incremento ser discreto, há alguns fatores que têm renovado o ânimo dos empresários, segundo José Romeu Ferraz Neto, presidente do sindicato.

“O desemprego parou de subir e agora há uma tendência interessante de melhora nas etapas que antecedem as obras”, diz ele.

No acumulado de 12 meses até setembro, o número de vagas nas áreas de engenharia e arquitetura e de instalação cresceram 6,06% e 4,76%, respectivamente.

“A partir desse ponto começa a expansão dos demais segmentos. Com o potencial aquecimento da economia em 2019, a tendência é de alta. A projeção é de um aumento de 1,5%.”

Dinheiro pede respeito

O Brasil é o antepenúltimo no ranking de bancos mais responsáveis, segundo o Idec (Instituto de Defesa do Consumidor), entidade que elabora o guia a cada dois anos.

As empresas são avaliadas por itens que vão de inclusão financeira, políticas para direitos humanos até o custeio setores controversos, como a indústria de armas.

As nove maiores instituições do país foram classificadas e ocupam a sétima posição na lista global, com nota 3 de 10, à frente de Japão e Indonésia.

Um dos pontos fracos é a transparência, segundo Ione Amorim, economista do Idec. “Muitas poderiam ter uma pontuação melhor apenas com uma divulgação mais efetiva [de suas políticas].”

Em nota, a Febraban (federação do setor) afirma que os bancos brasileiros estão comprometidos com ações de cidadania e responsabilidade socioambiental, defesa do diálogo e a transparência na relação com clientes.

“Os órgãos de defesa do consumidor reconhecem a qualidade do atendimento oferecido. Prova disso é a redução de 29% na média mensal de reclamações recebidas pelos Procons entre o primeiro trimestre de 2016 e o de 2018.”