Criptomoeda para mercado de turismo estreia no Brasil em novembro

Criptomoeda para mercado de turismo estreia no Brasil em novembro

Uma criptomoeda criada com foco no mercado de turismo terá sua estreia mundial no Brasil neste mês, como parte de um projeto de um meio de pagamento mais ágil e barato do que os tradicionais do setor.

Chamado como bestkoin, o dinheiro virtual foi desenvolvido por um grupo de empresários internacionais num projeto com sede comercial em Dubai e terá seu lançamento no mercado (ICO, na sigla em inglês) nas próximas semanas.

Dentro do plano para que a moeda seja principalmente um meio de pagamento, em vez de investimento, os criadores do projeto fizeram uma parceria com a fintech brasileira Uzzo e com a Mastercard, que permitirá a conversão de bestkoins em divisas tradicionais, como reais ou dólares, no pagamento de compras e serviços por meio de um cartão pré-pago próprio.

Segundo o empresário português Pedro Ribeiro, co-fundador da bestkoin, o objetivo da parceria é que o produto seja uma alternativa mais barata e simples para turistas pagarem compras, eliminando tarifas e impostos relacionados a compras internacionais com cartões de crédito.

“Além disso, isso protege o portador do cartão de ficar vulnerável a variações cambiais”, disse Ribeiro à Reuters.

O executivo disse que já há acordos para que a bestkoin seja aceitas por agências de turismo brasileiras ainda neste ano. O plano é de que parcerias similares sejam anunciadas ao longo de 2019 em regiões como Estados Unidos, Europa, Coreia do Sul, Japão e outros países América do Sul.

O cartão da bandeira para a parceria, o Uzzo Mastercard, acumula valores em bestkoins. No uso para pagar compras, o sistema converte valores de bestkoin em moedas em todos os 36 milhões de lojas que aceitam Mastercard em 210 países. O mesmo vale para realização de saques em terminais eletrônicos.

O cartão é isento de anuidade, mas cobra taxas e tarifas de operação na recarga e nos saques. Os emissores dispensam clientes da exigência de ter conta bancária.

“Como a moeda foi pensada para ser um meio de pagamento, ela também deve ser menos vulnerável a grandes flutuações na cotação, como acontece com outras criptomoedas que são usadas mais como reserva de valor”, disse Thiago Lucena, presidente da Uzzo.

Para tentar seduzir eventuais clientes, o produto inclui cashback de até 1 por cento das transações de compra na função crédito e participação no programa de fidelidade da Mastercard.

A iniciativa chega na esteira aniversário de 10 anos, completados na véspera, do bitcoin, primeira e mais famosa das criptomoedas, que deve ter em 2018 sua primeira queda anual, após anos de valorização expressiva.

(Por Aluísio Alves)