Pela primeira vez no Web Summit, a Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) se surpreendeu com o potencial do evento em gerar negócios. “Esse é um evento de negócios, e é mais focado do que imaginávamos. Quem vem quer investir, quer adquirir uma solução tecnológica inovadora”, afirma Fabio Galvão, coordenador de marketing da agência. A expectativa para 2019 é marcar presença novamente – e levar ainda mais empresas.
Neste ano, a Apex levou até Lisboa 20 empresas para o StartOut, na semana que vem. Dessas, as cinco startups que mais se destacaram foram selecionadas para participar do Web Summit.
Para Galvão, é importante o Brasil estar representado em eventos como esse. “O evento está crescendo, tem se tornado uma referência no mercado europeu, assim como o SXSW é nos Estados Unidos”, diz. “Para a gente ganhar competitividade, é importante estar perto do que está sendo discutido aqui em inovação, diversidade, em tecnologia associada ao processo produtivo”, diz.
Para as startups, a experiência tem sido positiva. Após um dia de exposição, Patrícia Arajo, cofundadora e chefe de operações da Sizebay, mostra, orgulhosa, a imensa quantidade de cartões de visita que recebeu de possíveis investidores e parceiros comerciais. “Muita gente passou por aqui, é muito produtivo. Já conseguimos marcar reuniões com investidores que podem nos ajudar a entrar no mercado europeu”, diz. A Sizebay criou um algoritmo que ajuda consumidores a escolher o tamanho correto de roupas em ecommerce. Foi uma das escolhidas pela Apex para se apresentar no Web Summit.
Além de poder fechar negócios, as brasileiras se beneficiam do contato com empresas de outros países. “Aqui, a gente consegue conversar com outras startups, que podem ter soluções complementares às nossas”, diz Marcelo Gluz, cofundador e diretor da Joco.
Para Fabio Galvão, seria importante ter eventos como esse no Brasil. O ecossistema empreendedor português ganhou muito com a chegada do Web Summit, diz o diretor da Apex, e o Brasil deveria seguir esse exemplo. “Temos setores extremamente competitivos e ainda não temos grandes eventos sobre economia criativa”, afirma.