Jornalista é atacada na web após ser confundida com repórter

Jornalista é atacada na web após ser confundida com repórter

A jornalista Marina Dias, que trabalha na Revista Encontro, do grupo Diário Associados, há seis anos, foi vítima de ataques cibernéticos a partir madrugada da última quarta-feira (26/09). Ela é homônima da repórter da Folha de S. Paulo que é uma das co-autoras de uma reportagem sobre o candidato à presidência Jair Bolsonaro divulgada ontem no Uol e no site do jornal. A matéria afirma que a ex-mulher de Bolsonaro teria sofrido, em 2011, ameaça de morte por parte do capitão do Exército reformado.

Uma série de perfis divulgaram a foto e diversos dados pessoais de Marina Dias, associando-a à reportagem da Folha. “Acordei com uma mensagem de um amigo me avisando do que tinha acontecido. Fiquei atônita”, diz Marina. “Ele me enviou vários prints de tuítes com minha foto e xingamentos. Quando fui ver até meus dados pessoais, e-mail e telefones estavam na rede”.

Independentemente do teor da reportagem publicada na Folha de S. Paulo, casos como esse ressaltam a importância de se checar toda e qualquer informação antes de repassá-las na internet. O que não foi feito, apesar de diversos alertas de amigos e colegas de Marina nas redes. “Duas coisas me deixaram muito triste: como algumas pessoas não têm nenhum apreço pela verdade e como o ódio está disseminado na internet, pois o teor das mensagens era injustificável”.

O importante é ressaltar que tanto quem disseminou a mentira como quem a compartilhou comete crime. A internet e as redes sociais são instrumentos importantes de informação, mas sem o devido cuidado podem se transformar em armas contra a reputação de pessoas. “Nós, jornalistas, estamos passando por um momento desafiador, e o meu é só mais um exemplo de como o combate às fake news precisa ser constante”, diz Marina.

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