A divisão de catering da Emirates vai levar, em parceria com a Crop One Holdings, a maior fazenda vertical do mundo para servir os passageiros desta e outras companhias aéreas no aeroporto de Dubai. A iniciativa provém de uma joint venture com investimento de US$ 40 milhões que será dividido entre ambas as partes, com o prédio ficando bem próximo do terminal aéreo.
Serão 12 mil metros quadrados de área para plantar alimentos como alface e tomate, que serão orgânicos, com a promessa de quase três toneladas produzidas diariamente. Além de economizar espaço, a fazenda vertical permitirá reduzir em 99% o volume de água utilizado nas plantações, com o uso de sistemas hidropônicos.
A construção começará em novembro deste ano, segundo comunicado oficial divulgado pelas empresas, e deve durar cerca de um ano. Especializada em fazendas verticais, a Crop One será, após a conclusão do empreendimento, a maior operadora de projetos desse tipo, com 5,3 toneladas de alimentos produzidas todos os dias.
Apesar do rótulo de ecologicamente correto, há quem critique a plantação via estruturas verticais. Em artigo publicado no seu site, o Fórum Econômico Mundial lembra que adoção desse tipo de estrutura tende a se tornar mais recorrente conforme a população da Terra cresça e passe cada vez mais concentrada em cidades, o que, por si só, gera uma economia de espaço utilizado na produção alimentícia.
Por outro lado, os custos em energia podem ser exorbitantes. No ambiente de plantação, sistemas computadorizados controlam temperatura, umidade e a quantidade de nutrientes dirigidos às mudas. E todas elas fazem fotossíntese graças a lâmpadas LED instaladas acima delas. Acontece que, mesmo as lâmpadas mais eficientes existentes hoje têm apenas 50% de eficiência energética – isto é, metade da eletricidade utilizada se perde na forma de calor, exigindo o consumo de mais energia do que seria de fato necessário.
Assim, os custos com energia acabam se tornando muito maiores do que seria dispendido com o transporte de mercadorias no método tradicional de plantação. Sem falar do prejuízo para o meio ambiente caso a matriz energética do país em questão não priorize fontes renováveis. Para completar, poucos tipos de alimentos podem ser plantados dessa forma.
Mas, ainda assim, as plantações verticais vêm chamando a atenção de investidores. Hoje estimado em pouco mais de US$ 1,5 bilhão, esse mercado deverá mais que quadruplicar em valor até 2023, segundo previsão da Allied Market Research.
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Fonte: ÉPOCA