Que tal um flashback nos filmes quando um ator mais velho interpreta uma versão muito mais jovem dele mesmo, como Kurt Russell fez em Guardiões da Galáxia Vol. 2. Mas os resultados nunca são exatamente perfeitos, ou pelo menos não chegam ao nível impressionante de perfeição pixelar que Rousselos Aravantinos conseguiu com este retoque digital em 4K que fez esta modelo parecer 30 anos mais jovem.
Normalmente, estúdios de efeitos visuais cobrem partes de um ator mais velho (mãos, rosto e cabelo) com reposição geradas em computador para fazê-los parecer mais jovem. Mas isso muitas vezes pode levar a resultados meio esquisitos e assustadores. Lembra das versões mais jovens de Jeff Bridges em Tron: O Legado? Alguma coisa não estava certa naqueles personagens, e, embora a qualidade e a credibilidade de humanos gerados em computador fotorrealistas melhoraram muito nos oito anos desde que o filme foi lançado, as técnicas que Aravantinos usa para seus retoques são quase impossíveis de se localizar.
Em vez de criar réplicas 3D detalhadas de um artista, o que é um processo caro, Aravantinos usa um software de composição digital 2D chamado Nuke.
Pense nele como uma versão muito mais avançada do Photoshop que é feita para manipular e processar imagens em movimento, não apenas estáticas. Apagar uma ruga de alguém no Photoshop não é um grande desafio, mas apagar essa ruga em 150 quadros de vídeo enquanto a pessoa está se mexendo é um processo bem mais complicado.
O airbrushing digital, combinando camadas borradas, clonagem, correção de cor e distorção, são todas técnicas usadas para retocar e desenvelhecer imagens como essa. Mas já que as correções precisam se ater a partes específicas do rosto do modelo que está se mexendo no quadro, Aravantinos também se aproveita do software de rastreamento Mocha Pro, da Boris FX, que consegue calcular e reproduzir os movimentos de qualquer coisa vista em um clipe.
Os resultados do trabalho minucioso de Aravantinos são impressionantes, e, se ele não tivesse mostrado uma comparação lado a lado com a imagem original, é difícil acreditar que alguém conseguiria identificar seu retoque. No entanto, o trabalho consome bastante tempo, motivo pelo qual a alternativa pelo 3D ainda é tão popular — pelo menos até que alguém descubra como ensinar uma inteligência artificial de aprendizagem profunda de forma a automatizar o processo de desenvelhecimento digital.
Por Andrew Liszewski