Versão censurada do Google consegue entrar na China

Versão censurada do Google consegue entrar na China

Segundo os documentos “confidenciais do Google”, supostamente conferidos pelo The Intercept, assim que um usuário ‘der um Google’, os sites banidos serão cortados da primeira página. Entretanto, um “aviso de isenção de responsabilidade” aparecerá quando houver resultados de pesquisa retirados do ar por quesitos legais. Entre os sites que seriam banidos  está a Wikipédia, enciclopédia online colaborativa.

Uma fonte, que não quis se identificar, revelou ao site internacional que o Dragonfly ficou restrito a algumas centenas de pessoas e que o “Google não está se preocupando eticamente ou moralmente sobre o seu papel na censura”.  A fonte ainda acrescentou temer que o projeto se torne um modelo para outros países.

Entrevistado pelo portal, o pesquisador do grupo de direitos humanos “Anistia Internacional” em Hong Kong, Patrick Poon, declarou que o aplicativo em desenvolvimento coloca em jogo a liberdade de informação e a liberdade da internet do mundo. “O maior mecanismo de busca do mundo obedecer à censura da China é uma vitória do governo chinês. Sinaliza que ninguém mais se preocupará em desafiar a censura”, pontuou.

O novo passo do Google, na verdade, não é tão novo assim. Entre 2006 e 2010, o site de busca ficou no ar ao obedecer as restrições da China.

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Autoridades chinesas ditam as regras para as gigantes da internet

O Google e o Facebook terão que aceitar a censura e as duras leis na China se quiserem acessar seus 751 milhões de usuários da Internet, disseram autoridades chinesas em uma conferência em Genebra nesta segunda-feira (18).

Ambas as gigantes de tecnologia estão bloqueadas na China, juntamente com o Twitter e a maioria dos principais veículos de notícias ocidentais.

"Essa é uma pergunta talvez nas mentes de muitas pessoas, por que o Google, por que o Facebook ainda não está funcionando e operando na China", disse Qi Xiaoxia, diretor-geral do Escritório de Cooperação Internacional da Administração do Ciberespaço da China (CAC).

No caso do Google, a empresa deixou a China por sua própria iniciativa em 2010. Leia Mais